terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Old Friends

Não sei porque te ver sentado na beira da minha cama, sobre a velha colcha azul, entoando Simon & Garfunkel em seu violão, exerce todo esse fascínio sobre mim.

Sua palidez excessiva, seu cabelo ruivo, que precisa urgente de um corte, entrando em seu olho. Esse All Star tão surrado e sua camisa xadrez dois números acima do necessário.

Quero dizer, você não é nada demais. Mas mesmo assim consegue perturbar meu juízo.
Pode fazer o favor de parar com isso?
Muita petulância a sua não sair nunca dos meus pensamentos.

Sempre tão estranho, calado, solitário, perdido, desajeitado. Tão eu.
Talvez eu tenha encontrado a pessoa ideal, mas ainda não me dei conta.
Adoro seu sorriso, suas sardas, o cheiro da sua pele, sua voz. Adoro qualquer coisa que se relacione a você, simplesmente porque me lembra você. E sim, eu adoro suas piadinhas idiotas.

Sempre fui um tanto cética quanto ao amor. Mas acho que você conseguiu a proeza de me ganhar, meu caro.

2 comentários:

  1. Mary, que bom que você voltou! Sem brincadeiras, já estava sentindo falta dos seus textos detentores desse lirismo tão especial que tanto me agrada. Confesso que fiquei mais aliviado depois que vi o título do post novo no meu blog. Esse seu espaço aqui é um dos meus favoritos!

    E mais uma vez, a simplicidade do seu texto me fascina, e o lirismo me inspira!

    ResponderExcluir
  2. Porra, e você ainda não sabe o porquê? hahaha

    Beijas

    ResponderExcluir