segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Angústia

Em passeios solitários ele espera a noite passar. Senta na calçada, ao lado de uma cerveja morna, e observa os transeuntes apressados. Depois se levanta e vaga sem rumo pelas ruas. A atmosfera da cidade parece diferente, mas não tem certeza se a modificação está na atmosfera ou em seu coração.
             
Não consegue escrever há dias. Risca o papel com força, mas de nada adianta. Está angustiado, nauseado. Sente vontade de chorar, mas não consegue. Não suporta mais seus demônios. Algo dentro dele o magoa profundamente. Esse tipo de coisa surgia de vez em quando, mas está se tornando mais e mais frequente.