quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Esplendor

Faz dois meses desde que partiu e ainda sinto teu perfume floral impregnado em mim. Mantém-se vividamente em minha memória aquela noite. Tu, em esplendor, naquele teu vestido escarlate que contrastava magnificamente com tua pele de mármore. Teus cabelos negros ao vento e teus olhos que brilhavam mais que nunca. Meu Deus. Ainda tenho arrepios ao lembrar-me daqueles mágicos olhos verde-escuros.

Beijei aqueles lábios com toda a doçura e o fervor de que é capaz um ser humano. Acabamos por nos amar. Em meio aos lençóis brancos, o vermelho que manchava o ouro. Fiz-te mulher, mas serás sempre a minha menina.

Aquela mesma menina que adormeceu ternamente sobre meu peito, enlaçando-me com aquelas pequeninas mãos excessivamente brancas.

A mulher que tornastes se foi, deixando apenas as melancólicas lembranças do que um dia foi amor.

E eu, apenas um pobre homem enlouquecido pela paixão avassaladora, passo os dias impaciente, esperando tua volta.

Um comentário:

  1. Vc escreve bem pra caramba,seus textos têm um lirismo muito particular, seu estilo me pega com certa melancolia, gostei muito.
    tô seguindo aê,
    um abraço.

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