Faz dois meses desde que partiu e
ainda sinto teu perfume floral impregnado em mim. Mantém-se
vividamente em minha memória aquela noite. Tu, em esplendor, naquele teu
vestido escarlate que contrastava magnificamente com tua pele de mármore. Teus
cabelos negros ao vento e teus olhos que brilhavam mais que nunca. Meu Deus.
Ainda tenho arrepios ao lembrar-me daqueles mágicos olhos verde-escuros.
Beijei aqueles lábios com toda a
doçura e o fervor de que é capaz um ser humano. Acabamos por nos amar. Em meio
aos lençóis brancos, o vermelho que manchava o ouro. Fiz-te mulher, mas serás
sempre a minha menina.
Aquela mesma menina que adormeceu
ternamente sobre meu peito, enlaçando-me com aquelas pequeninas mãos
excessivamente brancas.
A mulher que tornastes se foi, deixando
apenas as melancólicas lembranças do que um dia foi amor.
E eu, apenas um pobre homem
enlouquecido pela paixão avassaladora, passo os dias impaciente, esperando tua
volta.
Vc escreve bem pra caramba,seus textos têm um lirismo muito particular, seu estilo me pega com certa melancolia, gostei muito.
ResponderExcluirtô seguindo aê,
um abraço.