quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ei, caro senhor-que-roubou-meu-coração

estou te escrevendo esse texto ridículo (que você nunca lerá, que fique claro) apenas para acalentar minhas entranhas.

Se alguém está lendo isso agora, nem se dê ao trabalho de terminar. É chato. Como basicamente tudo que escrevo, só que pior. Mas tenho que fazê-lo. E vou postá-lo porque o blog é meu, eu faço o que eu quero com ele e mimimi. Além disso, quero que todos saibam que eu não escreverei mais para esse referido senhor.

Vamos lá.

Sim, caro senhor-que-roubou-meu-coração. Não se faça de desentendido. Eu quero o meu precioso órgão de volta. Tem sido bem difícil viver sem ele, sabe? Além disso, EU NÃO QUERO ME APAIXONAR POR VOCÊ. Não quero ficar sofrendo pelos cantos e entupindo meu blog de poemas melosos e bregas, escritos durante as aulas. Enquanto você, seu otário, fica suspirando por aquela lá. Aquela lá que não liga a mínima para você. Daí você entope seu blog de poemas melosos e bregas, escritos durante as aulas. E eu ainda sou obrigada a ler e dizer “quelindoquelindocomovocêescrevebemblábláblá”.

Ela é bonita. Tá, ela é MUITO bonita. Mas ela é compromissada. Ela NUNCA SERÁ SUA, você sabe muito bem disso. E eu estou aqui sozinha e carente. Mas você gosta de sofrer, assuma. Comigo não teria a mesma graça. O inalcançável é que é legal para você, heim? Tá, para mim também.

“aicomoelaélindaeinteligenteelindaefofaelindaéosonhodetodohomemblábláblá”

Gente apaixonada é um porre e eu não quero ser um porre. Então me faça esse favor.

Não quero mais ter que fingir que não me importo. Que não sinto ciúmes de vocês dois conversando alegremente pelos corredores. Não quero mais ter que conter minha cara de aversão. Não quero mais tentar adivinhar seus pensamentos. Não quero mais passar as aulas admirando seu olhar perdido. Não quero mais escrever textos impublicáveis. Não quero mais te stalkear. Não quero mais tremer e ficar vermelha feito um camarão. Não quero mais falar besteiras, só porque você me deixa completamente atônita. Não quero mais me sentir deprimida porque você sai beijando loucamente todas que vê pela frente. Todas menos eu. Não quero sentir raiva dela. Ela nem tem culpa e ainda parece ser uma pessoa agradável. Não quero mais vê-la com a cabeça apoiada no seu colo e sentir repulsa, só porque gostaria de estar no lugar dela. Não quero mais me lamentar porque você nunca escreveu uma poesia bonita para mim, nunca me abraçou de verdade e não me chamou para dançar quando teve oportunidade.

Não te censuro por dar em cima dela descaradamente, mesmo sabendo que ela tem outro. Mas, porra, estive aqui do lado esse tempo todo. Um pouco de atenção faz bem. No geral, você só se lembra de mim quando quer pedir algum favor.

É isso, meu caro. Terminei de botar para fora. Ainda estou apaixonada por você, mas minhas entranhas estão melhores agora.

E o texto ficou tosco. Muito tosco. Dane-se. Não sei escrever de forma tão linda e tão poética quanto você.


Tenho certeza de que vou me arrepender de publicar essa merda aqui.
Me perdoem por isso.

3 comentários:

  1. Mary, você se arrependeu? Ou ainda não? Se o que te impedia de escrever outras coisas era esse dito "Senhor", como escreverá sem esse impedimento, sem esse impasse? O lirismo aumentará? Mais? Esse texto pode ter parecido tosco pra você, mas me trouxe expectativas de um lirismo liberto nos próximos textos! Escreva, Mary, escreva!

    a você eu só agradeço por sempre postar para que eu possa ler e ler e ler e ler... E aplaudir.

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  2. não achei tosco. nem tenho conselhos pra te dar. nem tô a fim de puxar o saco. detesto exageros. gostei desse pq nao teve nenhum exagero. teve, hm, verdade.

    um beijo,

    Lucas.

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  3. caraa, parece o que eu escrevia no meudiário quando era apaixonada pelo meu melhor amigo :$
    Mas, pórem, toda via, rs gostei muito do seu blog, e vou sempre passar pra dar uma olhada..
    :D

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