terça-feira, 5 de outubro de 2010

Perdendo minha dignidade

Na noite busco um meio de te esquecer.
A dor que sua partida me proporciona é insana.

Entro num bar e peço tequila.
Bebo, enquanto
ofereço-me à estranhos de maneira lasciva.
Anseio voltar para casa com alguém.
Qualquer um serve.
Alguém com quem dividir a cama fria.

Uma busca desesperada
apenas para me esquecer de ti.

Na manhã seguinte
abro os olhos.
Sinto minha cabeça latejar.
Minhas têmporas pulsam violentamente.
São 11:30 da manhã
e aquele homem deitado ao meu lado,
que pousa a mão sobre meu ventre, não é você.

Lembranças suas ainda me perturbam.
Sinto falta de seus beijos amargos,
seu hálito de tabaco.

Enquanto procuro um comprimido, choro de desespero.
Nunca imaginei que sua ausência me mataria.
Olho-me no espelho.
Minha maquiagem borrada da noite anterior
acentua minha mediocridade.
Minhas olheiras cada vez mais profundas.
Tenho nojo de mim mesma.

Por que não procuro uma saída mais madura?
Por que não aceito simplesmente que você se cansou de mim?
Por que preciso agir como uma puta?

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